sexta-feira, 24 de maio de 2013

Capítulo 3



FUSHIGI YUUGI DOKI 
Capítulo 3 – Desvendando o rapaz misterioso {by: Sophie Lestrange}
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As coisas estavam a ficar bastante estranhas. Já não bastava eu ter acabado neste universo, que se assemelhava a algo como a Antiga China, como agora também estavam cá outras duas raparigas da minha escola. Uma delas eu conhecia, a Poppy Takashi, uma rapariga loira do 10.ºC. A outra, pelo que me tinha apercebido, chamava-se Erio.
Estava a ficar realmente aborrecida. O trengo estava para ali a ver o que podia vender mais, provavelmente tinha saído pela rua fora à procura de, sei lá, sapatos usados e depois vendê-los-ia dizendo que eram iguais aos do Imperador. Será que elas iam demorar muito mais? Bem, não é qualquer um que consegue escapar do palácio imperial mas, mesmo assim, o Yukito não tinha ido com a Erio para ir ajudá-las?
Enquanto estava perdida nos meus pensamentos, a porta enfim abriu-se.
- Aleluia! - disse eu, enquanto me levantei para ir ter com eles à porta. A Poppy estava com uma cara um bocado vermelha e a Erio estava apenas um bocado rosada, à semelhança da cor do cabelo dela. - Estava a ver que iam demorar muito, sinceramente, estava a começar a ficar entediada. Não é como se tivesse acompanhada por pessoas relativamente interessantes com as quais se ter uma conversa. Anda, vá, entrem. Eu vou fazer-vos um chá e algo para comer.
Comecei a pegar nas coisas e, enquanto fazia algo que se come, comecei lá o meu interrogatório, uma vez que estavam as duas um bocado caladas de mais.
- Então ... Poppy ... Que tal o Imperador? - perguntei, esperando provocar alguma reacção nela.
- AH! Mais um idiota destes que andam por aqui! Sinceramente, ainda não percebi onde está a graça! Isto é para os Apanhados, é, Sophie? Eles fingem que não sabem sequer o que é um telemóvel! Estão a tentar fazer-me pensar que são do século passado, ou algo do género!  E depois, tinha um chapéu tão feio, nem imaginam, horrível como tudo. Imperador? Imperador da treta só se for!
Começamos a olhar todos para ela, até o Tamahome parou o que estava a fazer e olhou para ela. Sim, a rapariga estava mesmo passada. E, pelos vistos, ainda não tinha sequer se apercebido que isto não era uma brincadeira. Estávamos mesmo presas aqui e não era apenas o século passado.
- Uau! ... Bem, como é que vocês encontraram-na? - perguntei, dirigindo-me à Erio e ao Yukito - Não me parece que ela se tenha mantido calada só por estar na presença da sua majestade e fez porcaria pela certa, acabando por ser presa.
- Bem ... - disse a Erio, olhando ligeiramente para o Yukito - Nós não a salvamos de dentro do palácio. Ela já estava cá fora quando a encontramos.
- Ya, pois, esqueci-me de dizer. Fui salva por um homem lindo! Ele tinha uns cabelos compridos mesmo lindos e era alto e oh deus ! E pegou-me pela mão, e agarrou-me como se eu fosse uma princesa, a sua princesa, e depois ...  disse-me para ter cuidado com a maneira como falava e foi-se embora sem dizer mais nada. - a sua voz desvaneceu-se um pouco e eu pude notar que ela ainda estava um bocado vermelha.
Peguei em algumas bolachas e coloquei na mesinha de bambu que estava perto deles, juntamente com um bule de chá que tinha acabado de preparar e uns copos.
- Sirvam-se. - pedi, com um sorriso na cara, enquanto punha o chá em algumas chávenas.
- Mas ... - disse a Erio - Não achas estranho? Como é que essa pessoa estava lá no palácio e salvou-te? E como é que ele sabia da maneira como tu falavas?
- Bem, essa tua amiga praticamente que andou aos berros pela cidade ... - disse o Yukito.
Rimo-nos todos um bocado, enquanto que a Poppy estava um bocado irritada.
- Ei!
Esquecemos o assunto do Imperador e do tal homem que tinha salvo a Poppy e começamos a falar de coisas non-sense durante o resto do dia. A Poppy acabou por adormecer e estava com uma cara bastante engraçada. Se tivesse a minha Canon aqui comigo, ela já tinha sido alvo de uma sessão fotográfica das boas! O Yukito e a
Erio tinham acabado por adormecer também, em poses um bocado mais decentes.
Os únicos que restavam eram eu e o Tamahome. Este, estava ocupado com umas moedas ali no seu canto. Reparei que ele nem sequer tinha tomado chá, ou comido e decidi obrigá-lo a comer. Bem, o facto de ser-se um insuportável irritante não faz com que se seja desprovido da necessidade de comer.
- Anda, come algo. - disse, pondo ao lado dele uma chávena de chá, juntamente com algumas coisas que ele pudesse comer.
Comecei a perguntar-me porquê que ele interessava-se tanto com aquilo. Não podia ser só porque dinheiro era um bem essencial. Se ele juntava tanto dinheiro, porquê que nunca o via a gastá-lo?
- Obrigado. - acabou por dizer, sorrindo-me.
Sorri-lhe de volta e decidi ir dormir. Tinha sido um dia longo para nós as três e estava um bocado cansada.

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