sexta-feira, 24 de maio de 2013

Capítulo 23



FUSHIGI YUUGI DOKI!
Capítulo 23 – A Festa [ by Sophie Lestrange ]
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            A festa estava prestes a começar. A Poppy fazia anos, por isso, tinha que ser algo especial, algo grande e com muito álcool e música. A Poppy tinha um Ipod com ela, por isso, da última vez que fomos ao mundo humano, compramos também baterias extras já carregadas e colunas que não precisassem de se ligar à tomada. Estava tudo pronto, só faltava a Shiori buscar algumas bebidas que ela tinha armazenadas lá num sítio qualquer.
            - Ei, quê que tens aí? - perguntei à Shiori.
            - Alguma vodka, cerveja, champanhe, tequilla, entre outros ...
            - Boa! - disse a Poppy, que apareceu por trás de nós. - Vamos começar lá a festa!
            Ela ligou o Ipod às colunas e começou a dar música. Começamos a beber algumas das bebidas até que nos apercebemos de algo.
            - Ei, não há bolo! - disse a Erio, depois de levar o copo à boca. - Que raios de festa é uma sem bolo?
            - Se quiserem eu vou procurar os ingredientes ... deve existir algo por aí, não? Chocolate não sei se arranjamos ... mas farinha, ovos e assim, devo arranjar... - disse, sorrindo. Ainda não era muito tarde, o mercado ainda estava aberto. - E depois faço alguma coisa ...
            - Fazes isso? - perguntou a Lizz - E ... não precisas de companhia? Vais sozinha?
            - Podes ficar aqui, Lizz - disse, sorrindo. - Não vais perder a festa pois não? E ... também acho que o Tasuki iria ficar um bocado triste por ficar sozinho.
            Ri-me enquanto ela corria atrás de mim, tentando bater-me. É, eles amavam-se, eles é que ainda não sabiam disso.
            - Bem, vou indo! Divirtam-se!
            Vesti o casaco e sai de casa. Depois, virei-me para trás e deparei-me com o Tamahome. Não percebi o quê que ele estava ali a fazer.
            - Ei, não vais para a festa?
            - Né ... - disse ele, encolhendo os ombros - Daqui a pouco aquilo vai estar horrível, prefiro não ver o que vai acontecer ali dentro.
            - Estás a exagerar. - disse, rindo-me um bocado. - Então ... vens comigo?
            - Se quiseres.

            *
            A festa estava animadíssima! Ainda não tinham bebido quase nada e já estavam num estado lastimável. Bem, não é como se eles estivessem habituados a beber de qualquer maneira ... As raparigas já estavam todas coradas, rindo que nem umas tolas, enquanto que os rapazes estavam numa situação bastante semelhante. A YMCA começou a dar nas colunas e as raparigas começaram todas a rir-se. A Sakie disse qualquer coisa ao ouvido do Arata, rindo-se que nem uma louca já. Ele riu-se também, já completamente bêbado.
            Os rapazes colocaram-se todos em cima da mesa e começaram a fazer movimentos estranhos com os braços, ao som da música, fazendo movimentos para trás e para a frente com a cintura, enquanto que as raparigas caíam em total riso, não aguentado com aquela cena toda.
            Até que o Nuriko, de repente, beijou o Hotohori à frente de toda a gente. Este último, já tão bêbado que não conseguia pensar coerentemente, nem o empurrou nem nada, ficando apenas ali.
            - SEU TRAVESTI FEITO GENTE, QUÊ QUE PENSAS QUE ESTÁS A FAZER? - gritou a Poppy, correndo em direcção deles, empurrando o Nuriko para longe - ESSE AÍ DO CABELO GRANDE É MEU! M-E-U ESTÁS A OUVIR? SÓ EU É QUE POSSO BEIJÁ-LO, NÃO TU!
            E, dito isto, já estavam todos fora da mesa, exceptuando a Poppy e o Hotohori, sendo que esta beijou o Imperador logo de uma vez, atirando-o para o chão. Yup, ela estava completamente bêbada e ia arrepender-se daquilo na manhã seguinte.
           
            *
            A Shiori levou o Nuriko para o seu quarto. Ele era "a sua melhor amiga" afinal, tinha que tratar dele. Ela nem estava assim muito mal, não tinha bebido muito e até tinha uma boa resistência ao álcool . Contudo, ao contrário da sua amiga, Nuriko estava completamente bêbado, tão bêbado que provavelmente já nem distinguia as coisas à sua frente.
            - Nuriko, ... quê que tu estavas a pensar?
            Shiori nunca chegou a ter a resposta, uma vez que, mal ela disse isso, "a sua melhor amiga" beijara-a. Ela não estava nada à espera dessa reacção, mas acabou por ceder aos beijos que a sua melhor ami... não ... Nuriko lhe dava. Deitaram-se os dois na cama, as mãos de Nuriko percorrendo as costas dela, depositando beijos, chupões, lambidelas, ... por toda superfície da pele dela.

            *
            - EEEEEEEI, Arata!~ - a Sakie engalhou-se pelo pescoço dele, rindo-se enquanto fazia tal. - Dá-me um beijo!
            - Estás completamente bêbada! - ele disse, suportando aquele leve peso em cima dele.
            - E??
            Arata decidiu-se aproveitar da situação. Afinal, ela é que estava a pedir, ele não tinha feito nada de mal, né? Deu-lhe então um beijo, um bate-chapas de leve na boca da feiticeira.
            - É? Só isso? Quero um beijo a sério! - dito isto ela atirou-se para cima dele, fazendo com que ele desabasse no chão, rindo-se ainda como uma louca enquanto empurrava-o para debaixo da mesa.
            - Quê que estás a fazer? - perguntou.
            - Vou dar-te um beijo a sério.
            Beijou-o com toda a força que conseguia, sendo que ele acabou por ceder. Aquilo só poderia lhe trazer benefícios, nada de mal. Ele gostava mesmo dela e, vá, dizem que as pessoas restringem-se das barreiras que as impedem de agir consoante os seus impulsos quando estão bêbadas, ou seja, ela queria fazer mesmo aquilo ( por muito que ela se fosse arrepender na manhã seguinte ).
            No entanto, a parte de baixo de uma mesa que já por si estava a tremer com toda a animação lá em cima, não era propriamente o sítio mais romântico.  Contudo, eles não se podiam preocupar menos. A Sakie já estava sem o soutien enquanto que o Arata já estava só em boxers. Beijavam-se continuamente, tentando explorar o corpo de cada um ao máximo.

            *

            A Poppy e o Hotohori já estavam naquilo há algum tempo. Desde que o Nuriko tinha beijado o Hotohori e a Poppy atacara o primeiro com uma força tremenda, dominada pelos ciúmes. Beijavam-se intensamente agora, em cima da mesa sobre a qual antes os rapazes estiveram a dançar.
            - És linda, sabes? - ele disse.
            Ela corou levemente, enquanto este, depois de largar os lábios dela, brincava com os fios de cabelo dela.
            - Mas eu sou mais, não penses que não. Eu tenho que admitir que sou bastante atraente ...
            Noutra altura Poppy teria praticamente saltado aos insultos com o Imperador, mas agora não. Agora estava mais focada noutras coisas como, por exemplo, os bíceps do Imperador, os músculos do Imperador, o cabelo do Imperador, a parte do Imperador que ainda estava vestida ... por pouco tempo. Ela beijou-o outra vez, certificando-se por tirar tudo aquilo que estava a mais quer nela quer nele.

            *

            A Erio e o Yukito decidiram sair da casa. Estava a ficar muito calor lá e, apesar de não terem bebido bastante, já tinham uma tez um bocado mais rosada. Sentaram-se então no terraço da casa.
            - Yukito ... - ela disse, sorrindo para ele.
            Este retribuiu o sorriso, e respondeu:
            - Sim?
            - Bem ... queres ...
            - Quero o quê?
            - Tu sabes ... Fazer ...
            Ele já sabia o que ela queria. Riu-se um bocado da maneira como ela estava completamente embaraçada antes de a beijar. Levou as mãos dele aos seios dela, o que a fez corar ainda mais. Beijou-a no ombro, deixando lá a marca de um chupão, para marcar a sua passagem. Tirou a camisola dela e a saia, deixando-a apenas em soutien.
            - Tu .. Tu não vais ser a sacerdotisa de Seiryuu pois não? - acabou por perguntar, em intervalos enquanto a beijava na zona por debaixo do peito.
            - Claro que não! - ela gritou - Quer dizer ... eu ... Não! Claro que não!
            - Se assim o dizes ... - ele disse - Eu confio em ti.
            Beijou-a outra vez, sorrindo enquanto o fazia. O céu estava bastante iluminado, com muitas estrelas, proporcionando um ambiente espectacular e bastante romântico.
            - Amo-te.

            *
            A Desumi não gostava nada daquilo. Enquanto a Poppy e o Hotohori estavam a fazê-lo que nem coelhos em cima da mesa, acabaram por atirar com as pernas uma garrafa de champanhe que se despejou por todo o corpo dela. Decidiu ir para a casa de banho, acabando por ser acompanhada pelo Toru.
            - Queres ajuda? - perguntou.
            - Eh ... Obrigada!
            Ele começou a limpar as pernas dela com um pano, enquanto ela fazia o mesmo com os seus braços. Depois, acabou por ter que tirar a t-shirt pois estava completamente molhada, sentindo-se um bocado constrangida por estar apenas com o soutien.
            Ele começou a dar beijos por toda a perna dela, sem que ela contasse.
            - Quê ... Quê que estás a fazer? - ela perguntou, bastante corada.
            - A limpar-te as pernas claro ...
            - Mas ... porquê que não continuas a limpar com o pano?
            - Não se pode desperdiçar algum deste álcool ...
            Ele riu-se, e depois acabou por beijá-la suavemente, sorrindo.

            *
            Estava completamente exausta! Tínhamos andado pelo mercado todo para procurar alguns dos ingredientes e os meus pés doíam-me bastante.
            - Argh, estou de rastos! - disse, suspirando. - Estamos muito longe de casa?
            - Um bocado ... - ele disse, olhando para o céu.
            Estava um silêncio constrangedor. Os meus pés doíam-me. Os meus braços doíam-me. Todo o corpo doía-me, ora bolas! Queria descansar.
            - Vamos sentar-nos aqui um bocado, anda lá...
            Ele acabou por ceder. Estava um bocado estranho ele, hoje. Ajudando-me, fazendo o que eu pedia ...
            Sentámo-nos ao lado de um riacho que havia ali, eu a molhar um bocado os pés, ele sentado, a olhar para o seu reflexo no rio.
            - Então ... que será que eles estão a fazer ... sem nós, sabes? - perguntei - Será que estão a divertir-se muito?
            - Devem estar é todos bêbados. - ele acabou por dizer, rindo-se - A Poppy e a Sakie devem estar numa luta de artes marciais, enquanto que o Nuriko está a dar em cima do Hotohori.
            Rimo-nos os dois da situação.
            - E devem estar a dançar para músicas estúpidas, com as camisolas amarradas à cabeça!
            Continuamo-nos a rir. Aquilo nem tinha muita piada mas, ao final do dia, completamente cansados, já tudo parecia ter piada. Olhei nos olhos dele ... Ele realmente tinha olhos bonitos. Ou talvez fosse já das lágrimas, de tanto rir, que me estivessem a turvar um bocado a visão. Inclinei-me um bocado, ficando bem próxima dele. Fechei os olhos, unindo os nossos lábios por alguns momentos.

            *
            - Ei, ei, oh tu que estás on fire! - a Lizz corria atrás do Tasuki, que estava a correr para fora da casa, andando um bocado no jardim - Devolve-me aí a minha saia, 'tá?
            - Não me apetece. - ele acabou dizendo, rindo-se bastante enquanto corria.
            - Anda lá! Para aí Tasuki! - ela tentou correr ainda mais rápido, mas não conseguia apanhá-lo.
            - Só te devolvo se fizeres uma coisa!
            - O quê?
            Ele acabou por parar, rindo-se um bocado.
            - Anda cá ...
            A Lizz assim o fez, estaria um bocado desconfiada, se já não estivesse tão bêbada. Quando se aproximou dele, este beijou-a, deixando a saia cair no chão. Ela pôs os seus braços em redor do pescoço dele, acabando por, depois, atirá-lo para o chão.
            Estavam a beijar-se ali, bem colados um ao outro, despenteando os cabelos ... quando foram interrompidos.
            - Mas que raios vocês estão aqui a fazer? - perguntou o Tamahome, com o cabelo levemente despenteado e as roupas igualmente desarrumadas.
            - Não se nota? - perguntou o Tasuki, visivelmente incomodado com o facto daqueles dois marmanjos a terem interrompido.
            - Ui, para quem não gostava lá muito do Tasuki, já estás apenas em roupa interior para ele, oh Lizz ... Primeiro vai-se num encontro e depois é que se faz o amor! - disse, rindo-me um bocado quando me deparei com aquela cena fabulosa.
            - Porquê? - perguntou a Lizz, rindo-se. - Tu já foste no primeiro encontro, é? É que pelo estado da tua roupa e do teu cabelo, e esse chupão aí no pescoço, não me pareça que tu e o sr. aí ao teu lado tenham só ido buscar ovos.
            Corei bastante, levando a mão ao pescoço.
            - Isso não é da tua conta! Mas vá, continuem aí a comerem-se, façam de conta que nós nem passamos por aqui ... Eu vou fazer o bolo. Anda Tamahome.
            Puxei o Tamahome pelo braço e começamos a entrar na casa.
            - Mas que raios é isto?! - gritei, quando me deparei com tamanha cena.

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