FUSHIGI YUUGI DOKI!
Capítulo 21 – À procura de Taiitsukun [by: Poppy Takashi]
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Acordei na manhã seguinte, no palácio. Não estava sozinha.
Estava com a Erio, com a Sophie, com a Lizz, com a Shiori, com a Desumi e com a
parva da Sakie.
-Cheira a queimado… - protestei.
-É de estares a pensar – respondeu a Sakie.
-Não, acho que te enganaste. Quem está a deitar fumo, de tão
irritada que está, aqui, és tu – respondi-lhe eu, com um sorriso irónico.
A Sophie bocejou lentamente e depois abriu os olhos:
-Importam-se de fazer menos barulho? Estava a tentar dormir
– protestou.
-Desculpa, Sophie-chan, mas a parva resolveu meter-se
comigo, logo de manhã – desculpei-me.
A Sophie encolheu os ombros e a Sakie virou-me as costas.
Aleluia!
-Bem, volto já – disse eu – Ah, e Sophie, depois diz à
Erio-chan que preciso de falar com ela, okay?
-Tudo bem – anuiu ela.
Eu levantei-me (estava de pijama) e saí do quarto onde
estávamos todas. Andei um bocado pelos corredores, com os cavaleiros a olhar
para mim. Mas, para sorte deles, não estava com paciência para lhes meter nojo.
Fui até ao quarto do Hotohori (supus que os outros também estivessem lá), bati
à porta e entrei, sem esperar por algum tipo de resposta.
-Bom-dia! – disse eu, sorrindo – E-EU, EU VOLTO MAIS TARDE!
Saí do quarto. Teria feito melhor se tivesse esperado por
uma resposta. Não teria de ter visto as cenas tristes que o Yukito estava a
fazer. Talvez conte à Erio, mas ainda não sei. Antes que tivesse tempo de
voltar ao quarto, o Hotohori saiu do mesmo sítio de onde eu tinha saído, há uns
segundos atrás.
-Para a próxima, é melhor esperares por uma resposta – disse
ele.
-Ah, sim, claro – respondi. Já se tinha notado. O meu humor
não era o melhor, naquela manhã.
-O que querias? – perguntou.
-Saber quem incendiou o palácio, ontem à noite – respondi,
seriamente.
-Os de Kutou. Eles querem guerra – disse o Hotohori.
-Que estúpidos. Eu vou lá chamar-lhes de idiotas. É muito
longe, esse tal sítio?
-O que achas que estás a dizer? Não vais lá! Isso é absurdo.
-O que é que eles queriam? – perguntei.
-Eles sabem que, recentemente chegaram cá várias raparigas
de outro mundo, bem como feiticeiras. Acho que eles procuram alguém para ser a
Sacerdotisa de Seiryuu. Do mesmo modo que tu podes pedir 3 desejos, a
Sacerdotisa de Seiryuu também o poderá fazer, igualando assim os poderes dos
dois impérios. Penso que é essencial encontrarmos o resto dos Suzaku Seven que
nos faltam.
-Estou a ver. Assim podemos restabelecer a paz.
-Isso. Penso que terás de procurar a Taiitsukun-sama para te
dar algumas ajudas, de como encontrares os outros membros.
-Quem é essa? – inquiri.
-Quem criou tudo isto.
-Sim, irei procurá-la – afirmei, de imediato.
-Mas não vais sozinha – disse o Imperador.
-Quem irá comigo?
-Pedirei ao Nuriko e ao Tamahome para te acompanharem. Eu
não poderei ir. Já tenho passado muito tempo fora do cargo de Imperador.
Desculpa.
-Ok, como queiras – protestei, virando-lhe as costas. Não me
apetecia falar com ele nas próximas horas.
Voltei novamente até ao meu quarto, onde estavam todas as
outras.
-Meninas, hoje vou ter de sair. Vou ter de ir à procura de
um Tai-não-sei-das-quantas. Alguém quer vir comigo? – perguntei.
-Eu vou – disse a Erio.
A Sophie olhou para o lado e disse que era melhor ficarem
por lá, a tomar conta do palácio e assim.
-Bem, então somos quatro! – disse eu – Eu, a Erio-chan, o
Nuriko e o Tamahome.
-Boa-sorte – desejaram as outras, que não iam.
-Obrigada – agradeci.
Depois, fui até ao saco que tinha trazido do mundo humano, e
peguei numa saia preta, numas meias ligeiramente acima do joelho às riscas
pretas e brancas e numa t-shirt estampada.
-Até depois! – disse eu, pegando numa mochila e colocando-a
ao ombro.
Dirigi-me até à porta, ignorando o facto de estar no palácio
do Imperador. O Nuriko(que, para variar, estava vestido de rapaz) e o Tamahome
já lá estavam.
Pouco depois, montámos em cavalos e saímos os quatro.
-Erio-chan, precisamos de falar por dois motivos – comecei
eu.
-Sim, diz – disse-me ela, enquanto segurava nas rédeas do
cavalo.
-Bem… hoje de manhã… quando fui acordar os rapazes, apanhei
o Yukito nuns prantos,… pouco desejáveis… a fazer porcarias… Acho que devias
saber que ele é meio… porco – disse, um pouco receosa da reacção dela.
-Ah, está – respondeu ela, como se isso não lhe
interessasse.
-O segundo motivo – disse eu, corando um pouco – Bem, não
sei como dizer!
-Anda lá – disse-me ela – diz de uma vez.
Eu olhei ligeiramente para a frente. Quer Nuriko, quer
Tamahome iam ligeiramente mais à frente, a conversar.
-Eu… etto…
-DIZ, bolas! – protestou a Erio, enquanto se ria.
-Eu e… eu e o Imperador… etto… etto….
-Tu e o imperador o quê? – perguntou ela, curiosa, com um
sorriso demasiado fofo estampado na cara.
-Fala mais baixo! – protestei eu.
-Então diz de uma vez!
-Outro dia… na gruta… Eu e o Imperador… pronto – disse, não
esclarecendo mais.
-Andam? – perguntou Erio, num sussuro.
-Mais ou menos… E outro dia, no palácio… quase que… god –
disse eu, vermelha.
-Oh meu deus. Será que é aquilo que eu estava a pensar? –
perguntou a Erio.
-Não sei no que tu estás a pensar! – disse eu, rindo-me.
Íamos a atravessar uma floresta, quando fomos violentamente
atacados por alguém ou alguma coisa. Uma chuva de flechas abateu-se sobre nós.
Acabámos por cair dos cavalos, que fugiram assustados.
-O-O que se passa aqui? – perguntei assustada.
-O inimigo arremessou flechas contra nós. Os cavalos
fugiram. Penso que eles sabem que tu deves ser a Sacerdotisa de Suzaku –
explicou Nuriko.
-Provavelmente querem matar-te, para não constituíres uma
ameaça, para eles – disse o Tamahome.
-Ou então… - disse eu, lembrando-me daquilo que o Hotohori
me tinha dito, no palácio – podem andar à procura da Sacerdotisa de Seiryuu.
-Agora isso não interessa. Temos de os afastar daqui.
Nenhuma de vocês pode morrer, principalmente a Poppy – disse o Nuriko.
Ambos começaram a lutar contra os que nos tinham tentado
atingir com as setas. A luta não era, de todo, justa. Eram imensos contra dois,
visto que eles não nos deixaram fazer nada. Se pensam que eu vou ficar
sentadinha, bem comportada, à espera, estão muito enganados. Peguei numas
pedras e comecei a atirá-las contra quem nos atacava.
-Poppy, para de nos perturbar – protestou o Tamahome.
Enquanto ele se distraía a reclamar comigo, alguém o agarrou
por trás. O Nuriko continuou a utilizar a sua força monstruosa para tentar
afastar o inimigo, mas eles eram muitos.
Quando pensávamos que já estava tudo perdido, apareceu um
estranho rapaz, saído de um chapéu chinês, de cabelo azul e olhos meio
fechados, com um bastão estranho nas mãos que acabou por conseguir afastar quem
nos atacava.
-Quem és? – perguntei.
-O meu nome é Chichiri ~no da! – disse ele.
O meu olhar desviou-se para as calças rasgadas dele, devido
à luta. Lá estava uma marca vermelha, uma letra chinesa.
-És um dos Suzaku Seven? – perguntei.
-Sim ~no da! – disse ele – E tu deves ser a Sacerdotisa de
Suzaku.
O rapaz, Chichiri, começou a rir-se. Parece que este é um
“weirdo”. Esperem, com aquela cara, ele está sempre a rir-se.
-Como fazes magia? – perguntou a Erio, espantada.
-Fui treinado por Taiitsukun ~no da! Estavam à procura de
Taiitsukun?
-Sim, podes levar-nos até lá? – pediu Tamahome.
-Tudo bem ~no da!
Pelo que percebi, a entrada para aquele sítio misterioso lá
do ou da (não sei) Taiitsukun foi-nos possibilitada, porque estávamos com o tal
Chichiri. Lá a pessoa que íamos ver, deu-nos um espelho que era suposto
ajudar-nos a encontrar os restantes membros dos Suzaku Seven. Agradecemos e
decidimos voltar ao palácio.
Os três rapazes iam à frente a conversar, enquanto nós íamos
atrás, a pensar na vida.
- Parece que encontramos mais um, não é? – disse a Erio.
-Sim, ainda bem – disse eu, sorrindo, e olhando para o céu.
Quero encontrar os restantes membros o mais rapidamente possível.
De repente, ouviu-se um grito.
Olhei para o lado. A Erio tinha desaparecido, e o cavalo
dela fugia descontrolado.
-Pessoal! – disse eu – A Erio desapareceu!
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